sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Nicolas Floc`h

Nicolas Floc`h na Bienal do Mercosul... Quem tem medo da arte contemporânea?Muitos.A maioria diz não entendê-la,por achá-la estranha àquilo que consideram arte.....duvido que um leigo que diga que entenda Monalisa , saiba o que é sfumato,claro-escuro,seção áurea.O que é anatomia?O que é prespectiva?no entanto essas informações não participam necessariamente da fruição estética...há uma necessidade de mediação pela palavra, para produção de sentido...
Está em questão uma busca ansiosa pela explicação verbal obras reais e concretas, como sem as palavras fosse impossível compreenddê-las.
A explicação assassina a fruição estética, já que ao reduzir a obra a uma explicação mata sua riqueza polissêmica e ambígua,direcionando-a num sentido unívono...
Entender significa reduzir a obra à esfera inteligiível...
O artista contemporâneo nos convoca para um jogo onde as regras não são lineares,mas desdobradas em redes de relações possíveis ou não de serem estabelecidas....A formação do público (nossos alunos...)torna-se uma essencialidade...estimular o público a estabelecer algumas relações de seu próprio modo...(é fascinante)Se a arte contemporânea dá medo é por ser abrangente demais e muito próxima da vida..
Não podemos...deixar o olhar se deleitar na obra da 7ª Bienal do Mercosul, de Nicolas Floc`h.
A GRANDE TROCA,é um trabalho processual que convida membros de várias comunidades para fabricar em uma escala de 1:1, com restos de madeira,objetos que necessitem.A intenção é de que eles sejam trocados por objetos reais e, assim, regressem às pessoas de origem...maravilhoso trabalho...Biografias Coletivas no Cais do Porto












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